quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Palheiro Amarelo e Parque Biológico de Gaia juntos na valorização ambiental da Barrinha de Esmoriz.

Numa acção inédita no concelho de Ovar a associação ambientalista da praia de Esmoriz Palheiro Amarelo em parceria com o Parque Biológico de Gaia (uma referência mundial na gestão de espaços verdes inseridos em grandes zonas urbanas e desde há décadas perfeito conhecedor deste ecossistema abandonado que é a Barrinha de Esmoriz) levou a cabo no pasado dia 30 de Julho uma acção de libertação de três aves selvagens (dois milhafres-pretos e uma coruja-das-torres), que após terem sido capturadas feridas e recuperadas nas instalações daquele organismo municipal de Vila Nova de Gaia foram libertadas em plena Barrinha.

Com uma assistência diversificada tanto no que respeita à idade como à experiência dos presentes nestas lides, valeu esta acção não só pela valorização dos recursos faunísticos de um ecossistema ameaçado como é a Barrinha de Esmoriz, mas também pela mensagem pedagógica que o Palheiro Amarelo tem sempre como prioridade privilegiada para com os seus eco-alunos.


Finalmente deve ser louvado todo o esforço de um conjunto variado de pessoas (algumas de fora do concelho) em ultrapassarem todos os obstáculos e desinteresse demonstrados pelas Câmaras de Ovar e Espinho ao longo das últimas três décadas na recuperação ambiental da Barrinha, continuando as primeiras a acreditarem na revitalização daquele ecossistema lagunar, reconhecido com o estatuto de 'Área Importante para as Aves'.

Efeitos dos novos molhes no Douro sobre as praias do concelho

Dando cumprimento às suas responsabilidades político-partidárias em matéria ambiental, a secção de Ovar do Bloco de Esquerda através do deputado Vítor Ferreira apresentou no passado dia 11 de Agosto na Assembleia Municipal um requerimento dirigido ao Presidente da Câmara Municipal de Ovar em que questionava as medidas de monitorização adoptadas ou a adoptar pela autarquia no sentido de prevenir o agravamento da erosão nas praias do concelho provocada pela construção dos novos molhes na foz do rio Douro.


No sentido de alertar as populações sobre estas temáticas que poderão a curto prazo dificultar ainda mais a permanência das mesmas na faixa litoral o referido partido emitiu como vem sendo habitual uma nota de imprensa sobre o assunto.






Mata litoral vareira corre risco de incêndio!

Face à falta de cuidados verificados na gestão dos resíduos florestais na mata litoral do concelho de Ovar a secção ovarense do partido Bloco de Esquerda apresentou também no passado dia 11 de Agosto um requerimento em Assembleia Municipal onde era solicitada à autarquia uma nova forma de intervenção sobre as aparas de madeira acumuladas na mata de forma a minimizar os riscos de incêndio. Foi também distribuída uma nota de imprensa onde aquela força partidária apresenta as suas razões.





Nota de Imprensa
Risco ainda se mantêm na Floresta


Dois meses depois do alerta lançado pelo BE / Ovar sobre as montanhas de aparas resultantes da acção de limpeza da Floresta no litoral do concelho de Ovar que se concentraram ao longo da Estrada da Floresta entre o Furadouro e Cortegaça, como potenciais focos de risco de incêndio em época de Verão. Ainda que se reconheça que foi feito um significativo esforço para atenuar o evidente risco que pairou sobre o valioso património ambiental que representa a vasta área florestal. As medidas não foram ainda suficientes para afastar todos os riscos e garantir que o resultado do processo inerente á limpeza da Floresta não se traduza ironicamente em factor de risco para a defesa da paisagem florestal.
Ao contrário do que foi garantido pelo executivo camarário na reunião da Assembleia Municipal de Ovar no dia 27/06/2008, de que a empresa responsável pela operação que esteve em curso através da técnica do destroçador resolveria até ao final do mês de Julho o assunto. Tal, não só não aconteceu, como não foi concluída até ao momento toda esta operação, deixando ainda algumas montanhas de aparas como potenciadoras de risco para a segurança da Floresta. Ao mesmo tempo, ficaram ao longo da Estrada da Floresta vários depósitos de aparas resultantes da operação do destroçador que teve início de norte para sul e está ainda em grande parte por ser feita a sua trasfega. Concentrações de matéria para as centrais de biomassa, que, mesmo que eventualmente em menor risco, não deixará de ser factor facilitador de propagação de incêndio, que só as baixas temperaturas têm ajudado a desresponsabilizar uma operação executada de forma pouco coerente com todas as campanhas de sensibilização para a defesa das florestas, como a que foi lançada pelos Bombeiros “Portugal sem fogos depende de todos”.
Tendo por base as preocupações atrás expostas o BE / Ovar defende, que este tipo de limpeza da floresta, ainda que seja um processo fundamental, deve ser feito em função da capacidade de trasfega do material biomassa, para assim se evitar o reconhecido risco que representa o cenário potenciador de incêndio, contrariando as regras mais elementares de segurança deste património ambiental.
O BE defende ainda que as várias entidades responsáveis por esta operação de limpeza e trasfega, devem retirar as devidas ilações que evitem a repetição do cenário dantesco que esteve presente durante a época mais propicia a fogos florestais, numa área sensível ambientalmente como é a Floresta que exige o compromisso de defesa através de práticas coerentes com as campanhas de sensibilização e cada vez mais pedagógicas sobre a sua importância para a vida.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Gravíssimo atentado ambiental em Ovar provocado por incêndio industrial


No passado dia 11 de Agosto do corrente ano a secção de Ovar do partido Bloco de Esquerda através do seu deputado Vítor Ferreira apresentou em Assembleia Municipal um requerimento dirigido à Câmara Municipal de Ovar no sentido de conhecer os impactes no meio ambiente decorrentes do grande incêndio ocorrido há um ano na unidade de reciclagem de pneus BIOSAFE localizada na zona industrial de Ovar. Nesse requerimento também eram pedidas informações sobre as medidas aplicadas pela autarquia para a minimização dos danos ambientais produzidos então pela queima incontrolada de 10 mil toneladas de granulado de borracha.