sexta-feira, 4 de outubro de 2013

4 de Outubro - Dia Mundial do Animal



Em jeito de comemoração do dia Mundial do Animal faço referência a duas espécies, bem diferentes, em termos de morfologia, habitat e comportamento, mas com um ponto em comum: o estatuto de espécies vulneráveis e/ou em vias de extinção. 


"O burro e a águia"

Era uma vez um burro, .... que junto com mais alguns da sua espécie, percorriam regularmente as calçadas da então vila de Ovar, já lá vão algumas décadas. Talvez fosse o ar  simpático e calmo destes animais que atraía a atenção da pequenada, quando passavam puxando as carroças ou transportando pesados sacos de farinha, dos moínhos de água semeados um pouco por todas as freguesias do concelho. 

Actualmente, nem moínhos nem burros. Os primeiros caem de velhos, os segundos (Equus asinusdeixaram de ser vistos. 

A este propósito e conhecendo-se a vontade já anunciada da autarquia em proceder à recuperação de um dos núcleos de moínhos existentes em pleno Parque Urbano de Ovar, porque não pensar numa estratégia de "três em um"? 

Ao mesmo tempo que se promoveria a recuperação do património construído, minimizava-se um dos erros conceptuais do projecto do Parque Urbano, a saber, a ausência de infra-estruturas destinadas ao lazer e brincadeiras das crianças da cidade. Passeios de burro no parque seriam, acredito eu, uma actividade simpática e ambientalmente sustentável. 

À memória molinológica juntava-se assim a preservação da memória asinina, contribuindo Ovar também, deste modo, para a sobrevivência de uma espécie que em Portugal está à beira da extinção.


Um pouco mais a sul do parque onde os burros poderiam um dia voltar à vida, voa uma águia... 

Não uma águia no sentido que o termo cientifico (Aquilaimpõe, mas um tartaranhão (também chamado dos pauís ou águia-sapeira). 

Esta águia-sapeira (Circus aeruginosus), que habita a região lagunar já viu melhores dias em Ovar, uma vez que o número de indivíduos existentes já foi mais elevado. 

Sendo uma espécie muito sensível à presença humana exige da nossa parte todo o cuidado nas intervenções a realizar nas áreas próximas da mesma. É por este facto que convém não esquecer que o POLIS Ria de Aveiro terá que ser revisto, as vezes que forem necessárias, até que se transforme, de facto, num instrumento de ordenamento SUSTENTÁVEL do território lagunar e não numa arma de arremesso contra os recursos naturais ainda existentes. O lema, meus senhores, será sempre conservar e não destruir o património.

E é assim que esta história, por hoje, chega ao fim, ... com burros e águias a poderem viver felizes para sempre em Ovar, ... se a autarquia assim o entender.


terça-feira, 1 de outubro de 2013

Dia da Água

Dia 1 de Outubro.... Dia Nacional da Água

Água, Rios

Cuidar da água, cuidar dos rios

Destruir um rio, não cuidar da Água!

                            








                                       
                                                 Parque Urbano de Ovar (Março de 2013)



A destruição da vegetação ripícola (atentado ambiental) e o enrocamento do rio Cáster, com a construção do Parque Urbano de Ovar, impedem o escoamento superficial e a drenagem natural em leito de cheia.