domingo, 16 de novembro de 2014

Dia Nacional do Mar


Que destino têm elas? 

       Que futuro pode ter o litoral sem elas? 

              Que responsabilidade existe na exploração dos recursos do mar?

                       Para que servem os estudos científicos em torno do mar?

                             Para que servem os organismos (muitos) responsáveis pelo mar e pela gestão dos recursos marinhos?


sábado, 8 de novembro de 2014

Muda a cor mas ficam algumas atitudes comuns...

Sábado à tarde, Parque Urbano de Ovar....uma máquina escavadora estende o seu comprido braço articulado iniciando  a derrocada de uma casa em ruínas....



perante o olhar de um grupo de curiosos, supunha eu.....



Não eram, de facto, curiosos de passagem pelo local, mas antes entidades públicas da cidade que se haviam deslocado até lá para, oficialmente assistirem ao evento....



E a máquina lá continuava, sem pressas, o seu trabalho de demolição...




Eis que passados uns 10 a 15 minutos, em pequenos grupos, os assistentes começam a debandar ..... 





A tarde estava chuvosa e fria .... e afinal era dia de sábado..... havia que informar o operador da máquina que por agora se daria por terminada esta operação teatral.....




E tal como manda o código naval, o mestre ou o capitão é sempre o último a abandonar o barco (neste caso o local) .....


Homens e máquina partiram  .... tal como antes, ficaram os escombros..... e agora?




Ficará, contudo, para a história local mais uma intervenção séria. Para que não se diga que em Ovar não há eventos de verdade. Aliás, estes registos confirmam-no....

Ansioso por momentos tão dignificantes, pergunto-me para quando um novo momento solene na minha terra?

sábado, 18 de outubro de 2014

O 4.º eixo da "nova energia" !

Há cerca de um ano surgiu em Ovar uma "Nova Energia". 




Tratava-se de um "programa de acção" que dizia pretender revitalizar o concelho em diferentes vertentes.... e gastar os dinheiros recebidos da Europa.



Uma das vertentes contemplada seria o Ambiente! E para isso existia o 4.º Eixo!




Como se verifica da leitura, além da intervenção tonta no curso do rio Cáster há outras prioridades. Entre estas encontra-se a defesa da costa.



Pôr-do-Sol sobre o calmo mar do Furadouro.

4.º eixo do Plano de Acção para o município de Ovar em marcha!
Sem legenda
O inverno está a chegar....como irá, então, o oceano lidar com a força desta "Nova Energia" ? 

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Denúncia para memora futura!

Há quatro anos o programa Biosfera esteve na Foz do Cáster, em Ovar, para registar as preocupações ambientais, que à data se manifestavam perante a eminência das intervenções do projecto POLIS - Ria de Aveiro, nesse mesmo local. 




No referido programa fizeram-se vários alertas sobre as consequências nefastas que poderiam resultar na biodiversidade local se o projecto não se revelasse sustentável.



Este ano, a 29 de Julho, o programa Biosfera voltou ao local para registar que o POLIS - Ria de Aveiro continuou, impunemente, a destruir os habitats da zona, promovendo a perturbação e o desequilíbrio dos mesmos.




A reportagem ficará para memória futura mostrando como "para se gastarem os fundos comunitários se leva a efeito qualquer idiotice, mesmo que para tal se destruam os recursos naturais locais". 




quarta-feira, 24 de setembro de 2014

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Continua a saga de atentados ambientais!

Não bastava o plano drástico do POLIS LITORAL - Ria de Aveiro (levado ao terreno com a conivência da Câmara Municipal de Ovar, apesar de atempadamente alertada para as consequências do mesmo!) de levar uma ciclovia até zonas ambientalmente sensíveis do ponto de vista ecológico!



Era necessário destruir ainda mais a natureza da zona envolvente. 





Tudo isto acontece apesar de no passado recente a natureza em Ovar ter demonstrado que destruir a vegetação ribeirinha significa perda da capacidade das bacias fluviais para reterem as águas em períodos de cheia. 
Estou a referir-me ao Parque Urbano de Ovar, uma zona lúdica plenamente justificada para a cidade mas infelizmente muito mal intervencionada.  


O Cáster, é agora uma vítima da ciclovia.....


Quem é afinal responsável por estes desbastes? O POLIS, a Câmara, particulares,...? Quem justifica que, a pretexto de limpar terrenos marginais ou podar árvores, seja possível destruir amieiros, choupos e demais vegetação ripícola?




         
     


Será que para construir uma ciclovia (que na verdade sempre lá existiu!!) é preciso tanta destruição?

É fundamental que a Câmara Municipal de Ovar, até pelos "pergaminhos ambientais" que lhe estão associados, justifique convenientemente porque não foi escolhida para a foz do Cáster uma intervenção ambientalmente sustentável. 



segunda-feira, 28 de julho de 2014

Dia Nacional da Conservação da Natureza

Rios....


A oxigenação de um rio é fundamental para a vida do mesmo
Floresta ...

A disponibilidade de recursos favorece as teias alimentares
Zona Húmidas ....


O microclima do caniçal transforma-o num habitat de eleição

Fauna ....


Peneireiro-cinzento (Elanus caeruleus): habitante das Zonas Húmidas

Flora ...



O estorno (Ammophila arenaria) ajuda na construção das dunas



Infestantes ....

É fundamental o controlo das infestantes, como a erva-das-pampas (Cortaderia selloana)




terça-feira, 1 de julho de 2014

Dia Mundial da Arquitectura


Podia ser uma imagem dum pós-guerra qualquer.....II Grande Guerra, Kosovo, Iraque, ........



Mas não! 

Tratam-se de escombros, em Ovar. 

O que resta das antigas e importantes oficinas ferroviárias localizadas na estação de caminhos-de-ferro desta localidade.








Uma estação ferroviária sem beleza! 

E como se não bastasse, uma estação ferroviária perigosa! 

A sua localização e arquitectura, adequada no tempo dos comboios a vapor mostra-se totalmente ineficiente nos tempos dos comboios de alta ou média velocidade.

A segunda plataforma, demasiada estreita, não oferece segurança aos seus utilizadores, sobretudo quando passam na segunda linha comboios sem paragem, a grande velocidade, criando efeito de sucção.






Por outro lado, a estação ao localizar-se a meio de uma perigosa curvatura, impede uma perfeita visualização da aproximação dos comboios, a grande velocidade, tanto de norte como especialmente de sul. 




A perigosa, desolada e esquecida estação de Ovar (comparada com outras estações e apeadeiros intervencionados!) sofre de um grave problema de arquitectura paisagista!

Parece deste modo razoável defender com urgência:

- a linearização da linha do norte na estação de Ovar (desde S. Miguel à Ponte Reada);

- a construção de plataforma(s) suficientemente larga(s), com bancos e pára-ventos;

- passagens aéreas ou subterrâneas para acesso à(s) plataforma(s).


Irá haver estaleca para levar a cabo tal ambição? A ver vamos.








sexta-feira, 20 de junho de 2014

Isto são IDEIAS VERDES?

Em 27.10.2010 chamei a atenção, aqui neste espaço, para os perigos que haviam sido propostos pelo POLIS - Ria de Aveiro para a zona da Foz do Cáster, em Ovar. 


Campos na zona do Cáster
De facto, a equipa projectista vencedora do concurso propunha como medidas de valorização e requalificação ideias que eu considerei como sendo de "destruição". A destruição de um riquíssimo ecossistema natural.

Águia-de-asa-redonda (Buteo buteo) junto ao rio Cáster
Garça-real (Ardea cinerea) voando sobre o rio Cáster

Entre as medidas propostas constavam a construção de uma ciclovia paralela ao curso do rio, até à sua foz, bem como, a implantação de torres de observação. A gravidade destas medidas tinha merecido a atenção dos media, de tal modo que uns dias antes desta postagem o programa BIOSFERA, da RTP2, tinha passado uma reportagem gravada no local desmascarando as ameaças que este projecto encobria.

Em 15.06.2011 logo após algumas afirmações precipitadas saídas da presidência do POLIS-Ria de Aveiro acerca do projecto voltei a salientar, como exemplos a não repetir, alguns impactos negativos já ocorridos em alguns pontos da Ria de Aveiro derivados de outras intervenções anteriores mal sustentadas. 

Hoje volto à questão base: o POLIS - Ria de Aveiro está em marcha, intervindo em diferentes pontos da ria de Ovar, nomeadamente na FOZ do CÁSTER!

A tal ciclovia está a ser construída... 

Construção de ciclovia ao longo do rio Cáster

Construída para lá dos limites aconselháveis, passando junto a zonas ecologicamente muito sensíveis.... Para quê? 

Sapais ameaçados

E excessivamente larga para o efeito... Porquê?


Término da ciclovia
E ao que tudo indica (pelo desenho constante na placa de apresentação do projecto colocada no cais da Ribeira de Ovar) as torres de observação vão ser lá colocadas. Que vantagens traz este modelo de posto de observação? E estimaram-se as desvantagens?


Placa alusiva ao projecto situada no Cais da Ribeira de Ovar

E tal como seria de esperar (pela "qualidade" do projecto!) até velocípedes motorizados lá poderão passar de acordo com a ilustração anterior. 


Ora, é a isto que se chamam "IDEIAS VERDES"?


Placa alusiva ao projecto situada no Cais da Ribeira de Ovar
Não!

Nem isto são ideias ecológicas, nem este tipo de intervenções podem ser apadrinhadas pelas autarquias, como a de Ovar, que teve no passado e tem no momento presente a capacidade de impedir este tipo de intervenções. 


Não o fez no passado recente, é verdade, talvez por uma questão de incompreensão deste tipo de matérias; mas pode-o fazer agora, pelas credenciais ambientais que lhe são reconhecidas!!!!